domingo, 22 de fevereiro de 2009

Noites Vazias



Há aquele que dizem que tudo acaba bem, que se ainda não está bem, é por que não chegou ao final, mas, como acreditar em tal declaração, se somente caminhos dificeis cruzam minha estrada, e se cada pedra se transforma em um tombo?

Das minhas memórias, as poucas boas que guardo, infelizmente não obtiveram continuação, a única que segue sou eu! Tentando desfarçar as olheiras das noites em que deixei de durmir, sozinha, apenas acompanhada de minha doce ilusão e meu amargo lamento.

Mas o que pensar da vida, quando ela lhe vira as costas sempre? Como encarar o dia de amanhã sabendo que o ontem foi desagradável, e que dias piores poderão vir? Não sei! Sigo inconstante, procurando uma resposta para tantas dúvidas que cismam em povoar meu pensamento.

Meu orgulho? Este deve estar morto e enterrado à 7 palmos abaixo da terra, afinal, de que me adianta ter orgulho próprio se não tenho mais a quem orgulhar, se não tenho escolhas para mante-lo? Pois é, há quem diga que existe orgulho ferido, mas o meu certamente  entrou em óbito a muito tempo.

Fotos...Elas continuam a tornar minha mente mais obscura, pois, de que me adiantam as lembranças, a não ser lembrar que tudo o que passou, passou! E que nada acontece duas vezes exatamente igual, e com as mesmas pessoas? Sigo inconstante, e novamente sem resposta, mas apenas sabendo que no amanhã a vida vai me pregar mais uma peça, e apenas para mexer com a minha doce ilusão que segue ao meu lado e em minha mente, com o dom de me fazer sofrer mais e mais, e sem a tecla "Delete", para elimina-la de vez de meu Hard Disk.

Há ainda quem ache que eu sou de ferro, porém engana-se quem acha que por traz de uma forte armadura não pode haver uma alma despedaçada pela vida. É...já se foi o tempo em que nada me machucava, e infelizmente o "Sentir" voltou constante em minha vida, mesmo eu achando que talvez fôsse melhor permanecer em coma lúcido, induzido pela dor, mas porém, que fazia parar de senti-la.

Em minhas noites vazias, que seguem desde quando persisto em achar que um dia elas podem ser menos frias, e desde que eu continuo permanecendo de pé, apesar de estar caindo a cada dia mais em um mundo ao qual não conheço, nem ao menos sei o nome...

Por Clara Gunner®

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Meu Confuso Universo




Talvez eu não ligue a mínima, e talvez também ache que isso tudo é insuficiente, queria achar realmente uma verdade em que eu pudesse confiar, algo em que pudesse acreditar, mas, infelizmente continuo seguindo sem crença, sem santo, sem remédio.

Enquanto isso, você me provoca, atissa minha vontade, minha curiosidade. Por muitas vezes não me reconheço, por muitas vezes meu ego me engana, mas mesmo não acreditando em nada, à você, parece tudo inexplicavel, com você tudo parece inexplicavel, e aplica-se isso também ao sem você.

Então me excite, me pegue pela mão, e depois me leve para onde eu possa realmente me encontrar, apenas para poder ter minha vida em paz, uma vida normal, e feliz, que as vezes só encontro em suas palavras, seus gestos...

Em meu confuso universo, aonde a felicidade é intocável, e aonde a tristeza e a confusão psiquica movem minha mente. Esta é a história de minha vida, de meu universo, essas são as mentiras que eu criei para sobreviver. Enquanto o mundo me idolatra, minha tristeza continua ocultamente me levando ao abismo, e mesmo me esquivando de tudo isso, o final sempre é o mesmo.

Mas eu juro por Deus, um dia achar a mim mesma, achar a felicidade em meu universo confuso, em meu mundo de destroços, em minhas noites vazias e em que nem mesmo o calor aquece o frio de minha alma.

Por Clara Gunner® para mostrar que eu continuo sendo a mesma...e que ainda não achei o esconderijo tão distante de minha felicidade. Terminado em 28 de Janeiro.